Viajo até ti
Viajo na tua solene melodia
Palavras que em mim ecoam em harmonia
Entranham-se no meu ser, invadem a minha alma
Prelúdios de um destino escrito na minha palma
Em caminhos tortuosos, sinuosos, tempestuosos
Demónios que na tua escrita ficam hipnotizados
Viajo por lugares por ti imaginados
Envolto na sensualidade de corpos suados
Gárgulas, ciclopes, ninfas, e outros seres encantados
Fogueiras e cânticos perpetuados em rituais enfeitiçados
Viajo pelas tuas histórias, pelo teu sofrimento
E no teu desalento vejo também o meu tormento
Talvez sejamos almas-gémeas sem saber
Destinados a viver as loucuras do momento
Ou inesperadas noites de prazer
Quem sabe? Quem o diz?
Conspirações cósmicas nascidas em nebulosas
Tecendo para nós noites amorosas
Escritas numa imortal história de amor
Viajando de mãos dadas a ver o sol de pôr