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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

Tudo eu julguei

28.09.21, MM

tudo eu julguei cópia.jpg

Julguei as estrelas que me amparavam nas noites sombrias

Sem saber que o faziam

Julguei a lua por me inspirava na inércia da minha escrita

Murmúrios que eu pensava que ali jaziam 

Julguei os rios por estarem tão frios

Mas eram apenas reflexos gélidos que em mim adormeciam

 

Julguei as forças cósmicas, culpei o cupido 

Setas de uma amor envenenado que cultivavam o meu jazido

Julguei as bruxas, os druidas,  as feiticeiras  

Amaldiçoado o fogo das suas fogueiras

Julguei os senhores do Olimpo e as Nereidas

Silenciando o canto hipnótico das Sereias

 

Tudo eu julguei,  tudo eu condenei

Fúria intrínseca de um ser menor

Num mar feito de lágrimas amargas

E no entanto, fui eu que errei

Não ouvi no meu íntimo o teu lamentar

Desse teu secreto desejo de ao meu lado queres estar

 

Tudo eu julguei sem poder julgar

Tudo eu julguei mas só a mim me posso condenar

Momentos perdidos na minha hesitação 

Mesmo sem saber, já era teu o meu coração 

E hoje, vagueando num mundo moribundo

És luminosidade perpetuada na mais bela recordação...

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