Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Som estridente marcando o compasso
Relógio antigo numa casa assombrada
Ecos repetidos propagados pelo espaço
Vibrações amedrontadas no embaraço
Visões de uma alma enfeitiçada
Tic tac tic tac
Passadas largas dos cavalos alados
Que na noite escura iluminam o sombreado
Turbulências em aliterações desnorteados
Gritando sonidos pelos receios provocados
Tic tac tic tac
Ressoar audível do bater do coração
Vivaz, audaz, perspicaz, sagaz
Repleto de emoção, devasso em paixão
E no time-lapse deste imenso universo
Toda a matéria refletida em milésimos de segundo
Brota algo maravilhoso neste mundo
A que damos o nome de vida
Vivida entre um tic e um tac
Tic tac tic tac
Poesia solta