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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

A rosa da minha viola

29.10.25, MM
Dedilho as cordas da minha viola Devaneios sonoros do meu jardim Onde embalo a tua imagem até mim Serás rosa Mas rosa não podes ser Porque se eu tocar no teu nome Tendes novamente a desaparecer Uma rosa envolta em magia  Que um dia picou o meu coração  Que sangra, que sangra… Talvez por minha cobardia Ironia ou fantasia Ou toques imaginados desta secreta paixão  Envolvidos numa suave melodia Assim são os acordes da minha viola Que não toca, chora Sílabas de amor Embriagadas, (...)

Margem

22.10.25, MM
Não voltes ao precipício  Onde um dia foste feliz  São coisas do passado  Que não aconteceram por um triz Prelúdios de uma noite Que nunca aconteceu  E onde hoje são meras lembranças  De um sonho que era só meu   Não procures os abismos Onde habita a saudade São mouras encantadas Ninfas disfarçadas  Desnudadas em sensualidade  Que encantam o desencanto E no entanto  Continuam a caminhar Para o abismo  Pois claro  Réplicas de um sismo Que nunca chegaste a despertar    (...)

Renascer

20.10.25, MM
sinto a minha pele arrepiada reflexo de ancestrais movimentações cósmicas há qualquer coisa no ar novas atmosferas, energias poderosas que emanam do meu ser resplandecências luminescências seres de luz e nos ventos primordiais  há um novo aroma que reluz sentinelas brilhantes projetadas em pedras filosofais  insanidades brutais  tatuadas em estrelas cintilantes caos ofuscante que não ofuscam o meu renascer forças ocultas que limbo de todas as incertezas  tornam a minha (...)

Quando me perco no teu olhar

02.10.25, MM
No encanto que me encanta Quem um dia me fez encantar  Perco-me no canto Que a minha alma canta Quando me perco no teu olhar   São versos, são prosas Sílabas libidinosas Escritas em ancestrais ardósias Mas poeta não posso ser  Sem a minha musa de inspiração  E eu quero o bater do coração  As arritmias, as fantasias A pele arrepiada Sedenta do teu beijo Poesias líricas Doce arpejo Melodias desgovernadas Nas entrelinhas do teu corpo Que o meu corpo anseia tocar Mas vivo no (...)

Vejo o amor...

28.09.25, MM
Vejo o amor em cada esquina Em cada ruela Ou numa qualquer tela Sentimentos pintados Ficcionados Numa série de televisão  Fogo ardente vivendo da paixão    Vejo o amor trocar de nomes De moradas Pessoas hoje amadas, amanhã odiadas Sem despedidas, almas despidas Que ficam na solidão  Para outras Meros momentos de tesão    Vejo o amor a ser declarado Por uma semana  Por um mês  E depois é passado “Próximo” Como se o amor fosse uma fila de supermercado    Vejo o amor a (...)

Outono

24.09.25, MM
caem as folhas solenemente no agasalho do meu coração procuram secretamente um porto de abrigo um aconchego  um delírio uma paixão um afável apego alguém que lhes dê a mão   caem as folhas sensualmente esvoaçando no meu imaginário corpos despidos ao luar dançando eroticamente desejos primários lançando a semente de quem anseia um dia se tornar gente   caem as folhas violentamente levadas por poesias iradas vozes do antigamente que se querem fazer presente em quadras trocadas (...)

Tempo

16.09.25, MM
temos pouco tempo, amor e no entanto temos todo o tempo do mundo para esquecermos esta dor que nos torna moribundos perdidos em desencantos em desamores pobres corações sonhadores   temos pouco tempo, amor e no entanto temos toda a eternidade para matarmos esta saudade corpos entrelaçados eternos namorados e se o tempo não chegar reiniciamos reinventamos renascemos nas noites de luar por entre abraços apertados beijos demorados adormecer e acordar ao teu lado, pois claro sorrir e pensar (...)

Dói a saudade

10.09.25, MM
A chuva cai… Cai incessantemente na minha saudade E dói… E como doi de verdade Não te ter aqui Ao pé de mim Passeando de mãos dadas num qualquer jardim Mas dói Dói até onde a dor não consegue alcançar  Para além das intermitências da alma ferida Quimera perdida E eu? Eu ainda aqui estou perdido no teu terno olhar Desde os tempos ancestrais Até hoje Horas, minutos, segundos Tempo contado sem pontos finais Mas o tempo, esse, pouco importa Se a dor da saudade atravessa a (...)

Teu corpo desnudado - erotismo

30.08.25, MM
Viajo pelo lado obscuro da lua Pensamentos lascivos invadem a minha mente Que eloquente Ousar imaginar-te nua Corpo desnudado ao luar Livre, afoito Caminhando devagar Ansiando o coito Heresias ou fantasias Que importa, que interessa Se é santa ou travessa  Se na hora do prazer Quer ser mulher devassa  Soltar o grito arrebatador Leviandades que fazem furor Mas eu quero mais Mais amor dentro de mim De ti, de nós  Acariciar todas as pétalas do teu jardim Lentamente ou vigorosamente  Q (...)

Tenho tantos poemas para te enviar

30.08.25, MM
tenho tantos poemas para te enviar mas poeta eu não sou sou apenas um mero mortal a tentar,  a tentar dizer-te que ainda aqui estou do outro lado do teu mural!   tenho tantos poemas para te enviar palavras que nunca tive coragem de te dizer e o que fazer a este amor que não consigo controlar? será ternura? será loucura? sentimentos extravasados do coração feitiços encadeados numa qualquer conjuntura tenho tantos poemas para te enviar mas não adianta não me lês nem a alma ne (...)