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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

Se te lembro

01.09.24, MM
Se te lembro Das coisas que não podemos esquecer Eu hei de sempre me lembrar  Com a saudade que mora à beira mar Dançando no limbo entre continuar ou esquecer Das coisas que um dia nos deram prazer   Se te lembro Dos sonhos que não podemos perder Lágrimas escorridas que nos fazem sofrer Memórias que não chegaram a ser vividas Mágoas esquecidas em almas sentidas  Porque um dia, quem sabe, talvez O universo conspire para que seja a nossa vez   Se te lembro  Mês que finda mês (...)

Enlouquecer

04.08.23, MM
Não posso ser o teu ponto de abrigo Se as minhas lágrimas tu não podes abrigar Sou mera quimera que se esfumaça quando te vais deitar   Não posso ser teu guarda-costas Quando de mim os teus lábios tentas proteger Sou apenas o fruto proibido que te recusas a comer   Não posso ser o teu chão  Se nele não nos podemos enrolar Sou as areias movediças onde te estás a enterrar   Não posso ser a tua lembrança Se no teu coração me tentas esquecer Sou apenas aquela memória que (...)

Olhos castanhos

16.07.22, MM
  Um dia seremos meros estranhos Sentados numa paragem de autocarro Vais ignorar os meus olhos castanhos Que um dia tanto quiseram-te amar E que hoje, são apenas memórias de barro   Um dia seremos meros estranhos Passeando numa qualquer avenida Corpos ignorando antigos desejos Vivências esquecidas de profundos latejos Guardados no fundo de uma arca esquecida   Um dia seremos meros estranhos  Vagueando num areal junto ao mar Corpos desnudados libertando erotismo Paixão ardente sem (...)

Esquecimento

15.05.22, MM
Fiquei esquecido nas memórias do esquecimento Em claustros sombrios numa alma dormente Labirintos anestesiados com o meu tormento E por ali vagueio, solitariamente Um dejavu, uma quimera Inverno que nunca será Primavera  Memória austera Que ninguém quer lembrar, esquecer Lembrança penada que teima em não desaparecer   Fiquei esquecido na memória do esquecimento Partículas fragmentadas lançadas ao vento Aguardando a chegada do nosso tempo Que nunca aconteceu, esmoreceu E perdido (...)