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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

Demências clemências urgências

24.06.24, MM
Demências clemências urgências Corpo que no teu corpo se quer perder Libidinosidades carregadas de prazer  No âmago do meu ser Incandescências turbulências indecências  Onde tudo parece resplandecer   Viajo para além do imaginário  Semi-nua, semi-luz, semi-nova Vontade crua de um desejo que reluz Em mim, em ti, em nós  Desejo incessante de estarmos a sós    O lusco-fusco fez cair o teu vestido Sombras que dançam no teu ventre desnudado Sensualidades que chamam por mim N (...)

Agosto

02.08.23, MM
Hoje, apetecia-me sentir o teu doce abraçar Como quem abraça a eloquência das noites perdidas Efervescências que fazem o meu coração suspirar Noites quentes, amores ao luar Cabelos ao vento sentindo a brisa do mar Respirações ofegantes em almas despidas Histórias vividas em vielas escondidas   Hoje, apetecia-me invadir as saliências do teu corpo arrepiado Corpos entrelaçados em melodias de encantar Danças eloquentes em desejos que se querem libertar “mais duas bebidas por (...)

Perdido

23.07.23, MM
Estava tão embriagado na minha lucidez Que nunca percebi que tinha chegado a nossa vez Sonho lindo que nunca virou realidade Quimera perdida que hoje mora na minha saudade De te ter em mim Mergulhados em lençóis de cetim Numa história que eu nunca quis que tivesse um fim Mas que nem sequer chegou a começar Que não virou história de encantar   Estava tão concentrado na minha insensatez Que talvez tenha deixado passar a nossa vez Sentimentos que ficaram enclausurados Em destinos (...)

a sós II

16.07.23, MM
Sais do banho com o intenso cheiro a ti Desejo insano que me consome De quer matar esta minha fome De ti, de nós, num quarto a sós Em lençóis de cetim, que festim!   Deambulas pelo meu imaginário Calção curto que me consome a alma Que tesão, que sensação E eu já só tento raciocinar com calma Mas os olhos não traem, não mentem Espelham a tua libidinosidade Devassa paixão Que me encandeia, que me incendeia Perfume que fica no ar De banho acabado de tomar Cabelos molhados  S (...)

Não me procures

28.04.23, MM
Não me procures na decência que quem perdeu a essência de quer amar Somos retalhos perdidos, barcos tingidos a fugir das ondas do mar Silêncios profundos ecoados na densa maresia e quem diria Que me afundei nas areias movediças que tatuavam o teu nome no meu coração E eu sem noção, fui perdendo o chão   Não me procures nas histórias escritas nas entrelinhas das águas salgadas Refluxos que em redemoinhos apagaram nossos pergaminhos Quadros pintados em tons de pastel Menina (...)

Erotismos - lábios com lábios

15.04.23, MM
Entrelaço os meus dedos nos teus dedos suados Língua desenlaçada na tua pele arrepiada Suave deslizar em segredos por desvendar Sangue que fervilha no coração em ardente paixão Que tentação! Deixar a alma do desejo vaguear sob o teu corpo desnudado E a lua? Sussurra-me que estás de alma nua Luz lunar desvendando os caminhos que devo traçar Trilhos percorridos em leviandade Contorcionismos ritmados na tua sensualidade   Lábios com lábios  Língua com língua Beijar, (...)

Coisas do coração

02.04.23, MM
Escrevo razões que o meu coração desconhece Palavras envoltas na densa maresia Que me amaria? Vida minha que na passagem do tempo desvanece   São amores de outros tempos, de outros lugares Cantigas de amigo que só de amigos não se querem fazer Querem o encanto do carnal prazer Amantes ancestrais que se emaranham em outros mares   Escrevo palavras, sílabas tónicas, atónicas, platónicas Como todos os meus amores parecem ser Mas que posso eu querer Se o meu destino parece (...)

Primavera!

21.03.23, MM
Soam os rufos dos tambores celestiais  Abrem-se as alas aos ventos renascentes Brisas quentes trazendo coloridos ancestrais Brinda-se à chegada dos pássaros valentes   Frenesim de quem fecha os olhos e sente no coração Esperanças renascidas cultivadas na terra nua Noites amenas despertando a paixão Uivos ecoados honrando a sedutora lua   Alegram-se os dias, toldam-se as vontades Roupas caindo brindando à liberdade Brotam da terra aromas emaranhados em leviandades  Libertam-se (...)

Delírios eróticos

15.02.23, MM
Flutuo suavemente pelo inesperado Onde onde me envolvo na névoa imaginária Cenários feitos de nuvens de algodão Que sensação! Penetrar nos desejos de uma alma incendiária Consumida pelo fogo da paixão Vivências cometidas no pecado   Continuo mais um pouco no meu delírio hipnótico Perdido nas curvas imaginadas do teu corpo desnudado Olho o céu e já está aluado E eu completamente excitado De tanto querer o teu toque carinhoso Surfando nas ondas da minha pele arrepiada E eu (...)

Cafés

05.02.23, MM
Sempre achei que os cafés eram estabelecimentos de tramas, de dramas, de conspirações e secretas paixões. Lugares onde as histórias mais rocambolescas ganham vida para além da própria vida, uma espécie de antecâmara para os acontecimentos que ainda estão para vir, planeados meticulosamente ao pormenor. Espaços feitos de partículas omnipresentes que descodificam até os mais íntimos pensamentos, os olhares mais indiscretos, as reações mais camufladas. Muitas vezes (...)