Silêncios
Silêncios
Que na alma fazem gritos
Murmúrios de um vazio atroz
Suplícios na casa dos malditos
Que no vácuo projetam a sua voz
Silêncios
De quem espera e desespera
O passar dos dias avante
Sem fantasia, sem quimera
Sem um abraço reconfortante
Silêncios
Numa tela em tons de branco
Memórias perdidas ao vento
Contempladas num qualquer banco
Numa vida sem qualquer alento
Silêncios
Feitos de revoltas contidas
Escritas em papiros de amarguras
Sem asas para voar nem loucuras
Apenas sombras na alma esquecidas