Silêncio da noite
Pessoas vivem alegremente de forma solitária
Trancando os sentimentos numa presidiária
Professam aos sete ventos que são independentes
Que não precisam de ninguém, que não estão carentes
Pessoas vivem tentando manter um casamento
Falsas aparências numa relação sem alento
Fazem-no pelos filhos que são o mais importante
O amor ardente, esse, tornou-se insignificante
Pessoas vivem atarefadas entre sonhos e ilusões
Enterradas em projetos e novas ambições
Sem tempo para pensar no amor
Que segundo consta, apenas trás a dor
Mas quando a alma envelhece e o silêncio da noite cai
Quando a cabeça aconchega a almofada e a lágrima sai
Quando a solidão trespassa em lâminas o coração
Quando finalmente percebes que já não tens chão
Em quem pensas?
No que pensas?
Vida passada que nunca foi verdadeiramente aproveitada
Lançando maldições de uma vida amargurada
Lembranças do verdadeiro amor que deixaram escapar
O amor, pois o amor…
Talvez haja pessoas que não nasceram para amar...