Entre o rio e poesia
Entre o rio e a poesia que te escrevo
Moram sentimentos que declamá-los eu não me atrevo
Fragrâncias emanadas pelo meu coração
Propagadas no encanto do teu jardim
Simbiose perfeita entre amor e paixão
E o desejo de te ter nos meus lençóis de cetim
Esvoaçam borboletas saídas de parte incerta
Rumam ao horizonte do teu terno olhar
Transportam sonhos de uma janela entreaberta
Melodias silábicas escritas em papiros de encantar
Eu e tu
Tu e eu
Corpos dançando numa pauta musical
Evocando o amor que um dia se prometeu
Palavras ao vento do que não aconteceu
E lá vai ele, o rio, altivo, soberbo, majestoso
Transportando a poesia que nunca te escrevi
E nos meus braços ainda sinto aquele abraço gostoso
Sangue fervendo no palpitar de um coração
Gritos mudos que naquele momento senti
De te amar eloquentemente, de alma e paixão
E tu em mim é excitação
De te querer, de te beijar
De em ti mergulhar
Mas a noite já ameaça sombria
E as palavras?
Essas ficaram entre o rio e a poesia...