Primavera, poesia e esperança
E se o mundo da primavera fizesse esperança
E o sonido das armas fosse o riso de uma criança
E se as palavras proferidas fossem apenas poesia
Escrita nas entrelinhas nas ordens demandadas
Canhões mágicos disparando apenas fantasia
Corações atingidos por balas extravasadas
Feitas de amor e alegria
E se o perfume da primavera chegasses aos corações
Inércias de quem mata desconhecendo as razões
Vidas desfeitas, almas imperfeitas
Obscurantismo, sonambulismo, fanatismo
E onde habita a compaixão?
E se da primavera as pessoas fizessem amor
E as invasões fossem toques que provocam suor
E se os corpos que caiem fossem de paixão
Deleitados em camas feitas de nuvens de algodão
E se os mísseis tivessem vontade própria
E iluminassem os céus apenas de glória
Fogo de artifício brindando à paz
Crianças brincando ao tanto faz
Casais passeando de mãos dadas
Pessoas apenas querendo ser amadas
Pessoas apenas não querendo sofrer
Pessoas apenas querendo viver
E se a primavera apenas não incendiasse a atmosfera…