Primavera!
Soam os rufos dos tambores celestiais
Abrem-se as alas aos ventos renascentes
Brisas quentes trazendo coloridos ancestrais
Brinda-se à chegada dos pássaros valentes
Frenesim de quem fecha os olhos e sente no coração
Esperanças renascidas cultivadas na terra nua
Noites amenas despertando a paixão
Uivos ecoados honrando a sedutora lua
Alegram-se os dias, toldam-se as vontades
Roupas caindo brindando à liberdade
Brotam da terra aromas emaranhados em leviandades
Libertam-se os corpos da ingénua puberdade
Cochicham os pássaros sobre as coisas do amor
Pelos campos alguém colhe e oferece uma flor
Coloridos hipnóticos em sensações penetrantes
Desejos ardentes daqueles que ousam tornar-se amantes
Dizem que o amor já anda no ar
Sentimentos despertados em borboletas esvoaçantes
Hormonas perdidas em sonhos de encantar
Bem-vinda Primavera! Exclamam os pássaros cantantes