Palavras perdidas
Escrevo nas entrelinhas da alma
Sentimentos oriundos do coração
E como um bom vinho que se degusta com calma
Doo o corpo à liberdade
Serenidade, libidinosidade
Aromas despertados ao sabor da paixão
Numa noite ao luar
Numa cama feita de areia do mar
Deixo fluir a tinta em papiros encantados
Sílabas estonteantes em corpos enfeitiçados
Eloquências perdidas no teu terno olhar
Que um dia me fez encantar
Sonho adormecido perdido no teu sorriso
Fazendo a minha pele arrepiar
E no meu inferno, surgiu o paraíso
E assim vou escrevendo palavras ao vento
Entrelaçadas nos teus cabelos esvoaçantes
Mas no degustar do copo de vinho, projeto o meu lamento
De não te ter aqui, ao pé de mim
Fazendo amor num qualquer camarim
Feito de personagens imaginadas em estrelas brilhantes
Que se amam
Que se tocam
Que se fundem só com um olhar
Corpos dançantes até a noite terminar
Mas o vinho acabou, findou
E as palavras escritas? Essas, ficaram eternamente perdidas
Aprisionadas na miragem de uma noite de luar...