O que ouves no teu silêncio?
Quando o absoluto silêncio se instala, o que ouves?
O palpitar revigorante do coração?
Os pensamentos intrínsecos da alma?
Ou apenas o vazio?
Diz-me…
Tu que tens certezas inabaláveis
Portadora de conhecimentos inigualáveis
Vivências de sabedorias inimagináveis
Dogmas de verdades invioláveis
Quando o silêncio se instala, o que ouves?
Mas será que sabes mesmo?
Como podes saber se não vives o que sinto
Se apenas tens a teoria estereotipada
Descrita em livros em tinta envenenada
De quem nunca soube o que era ser amada
Mas diz-me...
O que ouves quando o silêncio se perpetua
Quando tentas ler as almas e apenas vês a tua, completamente nua…
Serás a perfeita, a eleita
Do coração de alguém?
Serás assim tão importante, elegante
Ou apenas uma miragem, aragem...
Eu vivo, amo, sofro, enfrento a tempestade
E mesmo que pareça preso à saudade
Vivo em plena liberdade
De amar
De sonhar
De viver a paixão
De a quem eu entender
Oferecer o meu coração!