Liberdade dos amantes
Houve um tempo de sentimentos aprisionados
Que dos corações não podiam ser libertados
Viviam constrangidos condenados à agonia
Mergulhados num poço de água fria
Nas areias do tempo enclausurados
Houve um tempo de amores proibidos
Olhares caídos, sorrisos entristecidos
Sufocados em palavras silenciadas
Murmúrios em lágrimas derramadas
Que em rios de silêncios ficaram detidos
Houve um tempo em que tudo mudou
O adormecido coração finalmente despertou
Dos confins do universo estrelas foram convocadas
Das profundezas dos oceanos deusas foram invocadas
As amarras quebraram
As barreiras derrubaram
Barcos rumaram ao alto mar
Pássaros voltaram a voar
E os amante… aí os amantes
Esses redescobriram o verbo amar
Que entre beijos libertavam os seus desejos
E de coração aberto
E de alma nua
Entregavam-se à paixão, à devaneação
E nas paredes do tempo escreveram palavras de amor
Eternizadas numa louca tarde de calor
E assim foi devolvida a felicidade
E nas velhas aldeias ainda reza a lenda
Que foi assim que nasceu a liberdade
A liberdade dos amantes