Ilusões da vida
Não vivas o que podia ter sido
Vive o que ainda pode vir a ser
Nesta vida ninguém está condenado
A viver apenas para sofrer
Falam dos amantes que se envolveram em noites de loucuras
Mas ninguém quer falar das relações vividas de amarguras
Das ilusões esfriadas nos quentes corações
Dos sonhos que um dia viraram desilusões
Julgamos que a cruz temos de carregar
Por escolhas do longínquo passado
Prisioneiros de barcos sem timoneiros
Águas evaporadas num qualquer chuveiro
Perdidos em lágrimas de desencanto
Caídas em noites de intenso pranto
Assim são as vidas desalentadas
De quem vive em profunda solidão
Camas juntas mas separadas
Tristeza profunda no coração
Vivem numa liberdade ilusória
Presas a uma realidade condenatória
Sorrisos forçados para agradar
Amando alguém sem poder amar
Águas cristalinas escondidas
Toques furtivos em zonas proibidas
Tentando a alma serenar
E por vezes a felicidade
Está num sorriso que não deixamos entrar
Numa janela que teimamos em fechar
E com receio de errar, perder
E com medo de arriscar, sofrer