Espera
Regresso novamente aos silêncios da noite
Onde sei que me esperas, debruçada, deleitada
Segredos perpetuados nos lençóis imaculados
Carícias ternas embaladas num doce adormecer
Em corpos ardentes fundidos num único ser
De amor, de paixão
Abraços apertados sentindo o coração
Palpitações e arritmias de desejo
Lábios secos querendo ser molhados
Pela eloquência ardente de um beijo
Regresso todas as noites ao mundo encantado
São sonhos e mais sonhos no meu manto imaculado
Sinto a tua presença em cada murmúrio do vento
E eu sedento
Do meu ao teu prazer
Toques que fazem arrepiar, enlouquecer
Entre lençóis, baixinho, para ninguém perceber
Gemer, gritar, conter, sufocar
Mais um toque e já estou a delirar
Em ti
E tu em mim
Sonhos proibidos em lençóis de cetim
Onde me esperas assim
Em cada entardecer
E antes de adormecer
Esperas o meu regressar
Boa noite, são horas de sonhar!