Ele e ela
Ele escrevia, ela lia
Mas num universo perfeito
Nem tudo era o que parecia
Ele escrevia sentimentos em forma de poesia
E mesmo sem distinguir o predicado do sujeito
Murmurava nela tudo o que a sua caneta descrevia
Ela lia romances em forma de fantasia
Casualidades onde tudo parecia suspeito
Desvendando os mistérios das cortes e da monarquia
Ele narrava tudo aquilo que sentia
Palavras projetadas de um qualquer parapeito
Sílabas tontas perpetuadas numa linda sinfonia
Ela encarnava personagens que desconhecia
Senhoras de deleite ou de puro respeito
Aguardando para si o final feliz que nunca acontecia
Ele escreveu nas asas do vento o poema perfeito
Aguardando na expectativa de ser o seu eleito
Mas ela, não sabia interpretar a sua poesia