Convite
E se esta noite te convidasse para jantar?
Sim, a ti que me lês em segredo
Que não te revelas por timidez ou por medo
Se hoje te dedicasse este poema
E cuidar de ti passasse a ser o meu lema
Se do teu nó conseguisse fazer um laço
Talvez te envolvesses no aconchego do meu abraço!
Ou oferecer-te uma flor, passearmos pelo jardim
Uma carícia, suave em toque de cetim
Talvez um beijo de surpresa
E com um sorriso eliminasse a tua tristeza
Poderia levar-te a ver as ondas do mar
E nos segredos que ele esconde
Ouvisses o meu coração a palpitar
E se esta noite te convidasse para jantar
Aromas degustativos, olhares lascivos
Vinho embriagado em cálices cintilantes
Perfume encantado em velas hipnotizantes
Sons ecoados nos murmúrios dos amantes
E por fim, de cálices em punho
Exaltando o néctar dos deuses
Braços entrelaçados, olhares corados
Um brinde!
Um brinde à amizade, ou ao amor!
Será que está a ficar calor?