Contratempo
Percebes que haverá sempre um contratempo
Para quem és apenas um passatempo
Que não sente em si a saudade
Nem tão pouco a vontade
De se perder nos teus braços
De sentir no seu corpo os teus amassos
Serás sempre um contratempo
Uma história que alguém nunca irá escrever
Página em branco amarrotada em desculpas
De quem nem tão pouco sente as culpas
De saber que está a fazer sofrer
Vives na eterna desculpa do contratempo
Do cansaço, do embaraço,
De quem passa o tempo a adiar
De quem não te dá valor
Que não merece o teu amor
Que não te faz sonhar
E nesse contratempo
Surge alguém que arranja tempo
Para ao teu lado estar
Com vontade de te amar
De alma, de coração
Renascida paixão
Beijos eloquentes em noites de sedução
E a vida volta a fluir
E o amor volta a surgir