Confesso-me a ti, lua
Confesso-me a ti, lua
Todos os meus pecados
De amar uma mulher
Que não posso ter ao meu lado
E no entanto, por enquanto
Quero continuar a pecar
O tal pecado original
E mesmo que a sentença final
Não me traga a absolvição
Quero viver no eterno romance
Das noites de luar
Fazer amor, abraçar
Adormecer, acordar
Nos braços de quem me ama
No abraço de quem eu amo
E eu me confesso a ti, lua
Que me hipnotizo no sorriso dela
Volúpias no olhar
Que vagueiam no meu imaginário
Silhueta nua
E na verdade crua
Vivo o secreto desejo de a possuir
O corpo, a alma, a essência
Porque no fundo ouso a indecência
De a fazer gemer, de a ouvir
Em gritos de prazer
Mas que pecado estarei eu a cometer
Por uma mulher que eu não posso ter
E no entanto, por enquanto
Quero continuar a pecar
Porque só assim eu sei amar