Cartas de amor em três atos - 1º
14.05.25, MM
Já não há cartas de amor
Por não haver quem as queira receber
Palavras que se tornam vadias
Em vidas sentidas
Com receio de voltar a sofrer
Já não há cartas de amor
Por não haver quem as queira ler
Sentimentos retidos em papiros dourados
Amigos que nunca serão namorados
Enlaces difícil de esquecer
Já não há cartas de amor
Por não haver quem as consiga sentir
Amores esquecidos no tempo
Num tempo em que tudo é um passatempo
E as flores já não querem florir
Já não há cartas de amor
Por não haver quem queira amar
Corações roçando a insanidade
Relações promovendo a precariedade
Choros silenciosos na hora de deitar