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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

Cartas de amor em três atos - 1º

14.05.25, MM

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Já não há cartas de amor

Por não haver quem as queira receber

Palavras que se tornam vadias

Em vidas sentidas

Com receio de voltar a sofrer

 

Já não há cartas de amor

Por não haver quem as queira ler

Sentimentos retidos em papiros dourados

Amigos que nunca serão namorados

Enlaces difícil de esquecer

 

Já não há cartas de amor 

Por não haver quem as consiga sentir

Amores esquecidos no tempo

Num tempo em que tudo é um passatempo 

E as flores já não querem florir

 

Já não há cartas de amor 

Por não haver quem queira amar

Corações roçando a insanidade

Relações promovendo a precariedade

Choros silenciosos na hora de deitar