Caos
Na minha tempestade eu acordei o vento
E no meio da saudade eu parei o tempo
Eternizei-o numa caixa de pandora
E sem tempo, esqueci-me de viver “o agora”
Despertei fúrias exorcizadas em sentimentos ocos
Perdi-me em estradas de encruzilhadas tresloucadas
Gritei aos sete ventos na terra dos loucos
Palavras atormentadas em dizeres taralhoucos
Desmaiei sobre a terra batida, abatida, tingida
O meu corpo, a minha alma, a minha força de viver
Deixei-me consumir pelas trevas delirantes
Desafiei todos os demónios errantes
E tudo para quê? para de novo renascer, crescer
Seguir o meu caminho, fortalecer
Reinvento-me a cada nova batalha
Resiliências de quem vive no fio da navalha
Mas não desisto, não esmoreço, não enlouqueço
Esperanças renovadas em águas lavadas
Onde o sol brilha afogando as trevas da dor
E nas estrelas cintilantes escreverei o nossa vitória
Meu amor...