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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

Ansiedades...

24.03.21, MM

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Aproxima-se vertiginosamente o meu aniversário e no meu pensamento, instalou-se uma uma ansiedade tremenda, quase agoniante, destabilizando emocionalmente todo o meu ser, todo o meu corpo. O dia foi passando e apenas uma única questão assombrou-me:

Será que te vais lembrar? 

Sim, sei que te lembrarás. Eu conheço-te bem. Sei que pegarás no telemóvel vezes sem conta, mãos trêmulas num nervoso miudinho, provocando aquele tão teu típico mordiscar de lábios, de olhos mergulhados nas lembranças que passámos juntos, procurando no teu íntimo ser, a ousadia para me felicitares por mais um ano de vida. Vais escrever e apagar vezes sem conta e terás o polegar em cima do “enviar” mas faltar-te-á a coragem. O coração vai dizer que sim mas a razão vai dizer que não, e se assim o fizeres, não te posso condenar, nem tão pouco tenho o direito de voltar a bagunçar a tua vida. Como costumas dizer ”se nos tivéssemos conhecido em outras circunstancias”, mas o amor não escolhe circunstâncias, nem tão pouco espera pelas melhores ocasiões para acontecer, como se de um romance de cinema se tratasse.

Estou aqui sentado, pensativo, degustando um pouco de vinho, questionando-me se alguma vez tiveste coragem de seguir o link que te enviei do meu blog. Se ainda me procuras no meu mundo imaginado para nós dois, naquele intenso desejo de acordar ao teu lado, apenas para ter o prazer de observar o teu primeiro sorriso pela manhã, acariciando o teu rosto suavemente, envolvendo-te depois em mil beijos ardentes e carícias de fazer arrepiar. Será que ainda desejas aquele passeio à beira-mar a ver o pôr-do-sol, ou aquele jantar romântico que seria o primeiro passo para uma noite magnífica?

Neste momento "só sei que nada sei" e já nem sei se existo de tanto pensar em ti. São as encruzilhadas do amor, da vida, de encontros e desencontros de que é feita a minha própria história. Questiono-me até quando viverei este sonho, o nosso sonho, de mãos dadas a passear pelos campos verdejantes de uma qualquer aldeia perdida no meio das montanhas.

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