Metaforas
Dizem que as minhas poesias são metáforas
Balas disparadas em qualquer direção
Palavras vadias perdidas em anáforas
Mas o que é que sabem eles das coisas do coração
Escrevo sentimentos que me fluem da alma
Melodias de desejos perdidos numa noite de luar
Mas calma
Que é assim que eu te quero
Perder-me no teu beijo sincero
Demorado, apaixonado
Conjunções retiradas da tua respiração ofegante
Que pedante!
Dizem as alforrecas de quintal
Que apenas sabem dizer mal
Mas “os cães ladram e a caravana passa”
E as vozes que ouço, são apenas as de quem a alma me abraça
Questionam para quê ter um amor de verdade
Se se pode viver um amor de mentira
Fingimentos aleatórios de sentimentos contraditórios
Matando a solidão com uma qualquer cara-metade
Que felicidade! Dizem os velhos do Restelo!
Que flagelo!
Felicidade? Felicidade é viver um amor correspondido
Sentir nos lábios um beijo sentido
Pele arrepiada junto da pessoa amada
Coração a palpitar de quem regressa ao lar
Fazer amor numa noite de luar
Brindar com um copo de vinho num olhar confidente
Adormecer num abraço envolvente
De quem se ama, de quem nos ama
Porque amor não é apenas dormir numa qualquer cama