Ainda estás aí
Dá-me um sinal que ainda estás aí
Que me lês nas entrelinhas do que eu escrevo
E perdoa-me se me atrevo
A confessar o que sinto por ti
São sílabas que flutuam do âmago do meu ser
E sem querer
Morrem afogadas na minha alma
Nesta minha gritante calma
Que me consome a carne
Que me rasga a pele
E mesmo que mil vezes reencarne
E os meus sentimentos a ti não revele
O meu coração não vai deixar de bater
Por ti
Apenas por ti
E eu já só queria saber
Se ainda estás aí
A pensar em mim
Nas longas noites sem fim
E será que nas frias madrugadas
No auge do teu desejo
Almejas o meu beijo
O meu toque
O calor do meu corpo a invadir o teu
Num doce descobrir
Que o melhor ainda está por vir
Mas será que ainda estás aí
A pensar em mim…