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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

Noites de luar

16.09.24, MM

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Não quero o feitiço da lua

Nem tão pouco ver-te numa tela nua

Quero a simplicidade do olhar

A delicadeza de quem sente o aroma de uma flor

Perfume eloquente que trespassa no ar

Poema escrito em tons de amor

 

Não quero amarração 

Quero a liberdade de poder amar

De dar sonhos à alma

Alegrias ao coração

Viver com calma

Que eu não quero ver o tempo a passar

Por entre os dedos de uma mão 

 

Não quero a manipulação de energias

Quero sinergias 

Corpos que embalam na mesma canção 

Fogo ardente em noites de paixão

Fazendo amor

Na serra ou junto ao mar

Abraçados pelo luar

Borboletas que esvoaçam do meu ser

E mesmo sem querer

Adormecer

Para um novo acordar

Sem ti

08.09.24, MM

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Serei luz nas noites de trevas 

Serei sol nos dias de tempestade 

Serei calmaria quando te enervas

Serei aconchego para matar a saudade

 

Serei fogo nas noites de paixão

Abraço quando sentires a cair o chão

Força quando a fraqueza te assaltar

Coragem quando o medo te assombrar

 

Serei amizade, lealdade

Amor, carinho, sinceridade

Cobertor nas noites frias de inverno

Esperança nos teus dias de inferno

 

Tudo isso eu serei

Mas não para te salvar

Não precisas

És independente

Uma força da natureza

Dona de uma brilhante mente

Mulher guerreira numa alma de princesa

Por isso tudo isso eu serei

Porque no íntimo do meu ser

Eu já não tenho a certeza

Se sem ti consigo viver

Caio renasço e continuo o meu caminho

06.09.24, MM

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Caio, renasço e continuo o meu caminho

Os gatos tem inveja das vezes que já padeci

Nas noites os morcegos sabem que não estou sozinho

Carrego na alma todas as vezes que renasci

 

Caio, renasço e continuo o meu caminho

Enfrento os meus demónios com uma taça de vinho

Liberto a alma para mais um duelo

E das pedras do caminho faço o meu castelo

 

Caio, renasço e continuo o meu caminho

Procuro o amor debaixo de um azevinho

Os deuses dizem que estou à beira da loucura

Eros, Afrodite, amor, sexo ou ternura

 

Caio renasço e continuo o meu caminho

Pensamentos nefastos surgem em redemoinho

Mas das tempestades já não tenho receio

Lobos uivam na sua alcateia

Mas aqui sou eu que teço a minha teia

Sou senhor das estradas por onde vagueio

Se te lembro

01.09.24, MM

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Se te lembro

Das coisas que não podemos esquecer

Eu hei de sempre me lembrar 

Com a saudade que mora à beira mar

Dançando no limbo entre continuar ou esquecer

Das coisas que um dia nos deram prazer

 

Se te lembro

Dos sonhos que não podemos perder

Lágrimas escorridas que nos fazem sofrer

Memórias que não chegaram a ser vividas

Mágoas esquecidas em almas sentidas 

Porque um dia, quem sabe, talvez

O universo conspire para que seja a nossa vez

 

Se te lembro 

Mês que finda mês que começa 

E eu sinto-me personagem de uma qualquer peça 

Mal encenada, improvisada

De uma história de amor

Que tarda em começar 

E eu não quero adiar mais o tempo 

Muito menos ser um mero passatempo 

Quero o aconchego do teu lar

Ser cobertor nas noites frias que estão para chegar

Desculpa amor se te lembro

Mas já estamos em setembro