Poesia primaveril
Sinto na minha poesia o aroma primaveril
Flores que brotam em cada verso
E no encanto do inverso
Sinto o coração a palpitar
Pássaros que regressam ao seu eterno lar
Prenúncios escritos em histórias de encantar
E em cada amanhecer
Há um novo rescancer
De um novo verso a declamar
De amor, pois claro!
Que a vida por vezes é feita de dor
Mas o que escrevo, versa o verbo amar!
Sinto o sangue a fervilhar em cada poema
Perfume exótico que paira no ar
Borboletas no estômago virando um qualquer teorema
Que eu tento desvendar
Mas perco-me na memória do teu terno olhar
Que um dia me fez apaixonar
Sílabas, consoantes
Aliterações, paixões e outras inconstantes
Que me fazem pensar
E que talvez até seja uma heresia
Mas será que o que eu sinto por ti,
É poesia?