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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

Poesia primaveril

27.03.24, MM

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Sinto na minha poesia o aroma primaveril

Flores que brotam em cada verso

E no encanto do inverso

Sinto o coração a palpitar

 

Pássaros que regressam ao seu eterno lar

Prenúncios escritos em histórias de encantar

E em cada amanhecer

Há um novo rescancer

De um novo verso a declamar

De amor, pois claro!

Que a vida por vezes é feita de dor

Mas o que escrevo, versa o verbo amar!

 

Sinto o sangue a fervilhar em cada poema

Perfume exótico que paira no ar

Borboletas no estômago virando um qualquer teorema

Que eu tento desvendar

Mas perco-me na memória do teu terno olhar

Que um dia me fez apaixonar

Sílabas, consoantes

Aliterações, paixões e outras inconstantes

Que me fazem pensar

E que talvez até seja uma heresia

Mas será que o que eu sinto por ti,

É poesia?

Dilemas e poemas

17.03.24, MM

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Sou feito de poemas

Retratos de uma vida passada

Memórias à beira da autoestrada

A ver a vida passar

 

O caminho está tão perto

De me salvar da minha salvação

Mas estou preso ao coração 

De quem não sabe se há de ir ou ficar

 

E assim prossigo entre poemas

Caminhos trilhados entre dilemas

Sentimentos enclausurados há muito tempo

Fragmentos de mim 

Pensamentos envolvidos em lençois de cetim

Fantasias que nunca passaram de um contratempo 

 

Embriago-me em mais um poema

Sílabas tontas falando de amor

Desafiando a lógica e a razão

Antídoto para matar a solidão

Analgesico numa ferida que sangra

Mas que não tem dor

 

Largo mais um poema aos sete ventos

Gritando palavras de paixão e arrebatamento

De um amor que se quer maior que o sofrimento

Desejando que nunca se perca no esquecimento

Vivendo enclausurado neste singelo sentimento

De te querer sentir

De em ti querer ficar

De versarmos o verbo amar

Mas não há rosas nem açucenas

E assim vou caminhando

Neste meu coração insano

Entre dilemas e poemas...

Agarra-te à vida

04.03.24, MM

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Agarra-te à vida

Com a força imaculada do nascer dos tempos

E com o vigor das raízes dos Pandos ancestrais

 

Agarra-te à vida

Aos sonhos! sem choros de dor nem lamentos

Sem desistir, persistir e insistir nos felizes finais

 

Agarra-te à vida

Aos que amas, aos que nunca te esquecem

Às memórias dos sorrisos que nunca padecem

 

Agarra-te à vida

Como pedras preciosas nas mãos de uma criança

Que de simples fantasias criam momentos de esperança

 

Agarra-te à vida

Faz correr nas tuas veias a luz que te ilumina

Sente a palpitação que o coração determina:

Viver!

Sonhar!

Insistir!

Persistir!

Nunca desistir!

 

Agarra-te à vida 

À fé, à esperança

E no tormento do silêncio, dança!

Agarra-te à vida

Ao amor, à paixão, ao bater do coração

E à pouca sorte, dizer que não

Agarra-te à vida

E faz dela o teu porto de abrigo

Porque na vida não há impossíveis

Enquanto houver por perto um amigo!