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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

sede

07.02.24, MM

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Ai se tu soubesses

Deste calor que arde dentro de mim

Deste sufoco que em mim encerra

Devaneios perdidos em lençóis de jasmim

Assim

Loucuras ardentes, proeminentes

De quem enterra

Sem dó nem piedade

No fundo da tua castidade

Num rasgo de libidinosidade

 

Ai se tu souberes

Deste meu querer de te possuir

De te penetrar nos mais íntimos desejos

Eloquências perdidas em mil beijos

Ardentes, proeminentes

Toques assanhados

Corpos entrelaçados

Sofreguidão, tesão

Arritmias do coração

 

Ai se tu soubesses destes meus calores

Que me afrontam

Que percorrem as minhas entranhas em cada amanhecer

Em cada sonho desvairado

De invadir o teu pecado

De me aconchegar no teu peito, afeito

Ai se tu soubesses desta minha paixão

Desta minha sede da tua boca beber

O amor, o amor

Ai se tu soubesses o que vai no meu coração…

Esmorecer

06.02.24, MM

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Vivemos entre o ápice e o eterno

Onde os silêncios se propagam no infinito 

Aguardamos serenamente aquele abraço fraterno

Que nos faça esquecer o inferno

Que é viver num espaço circunscrito

 

Rogamos aos deuses do Olímpo impiedoso

A luz que nos acalenta a íntima esperança

E como numa brincadeira de criança

Pedimos às estrelas aquele desejo majestoso

 

E num ápice vemos a vida por nós passar

Memória enrugadas do que nunca aconteceu

Pele pálida numa alma cálida

Sonhos esquecidos que não conseguimos eternizar

E no passar do tempo

O sonho esmoreceu