Entre a vírgula e o ponto final
Escrevo-te o poema que te queria declamar
Palavras sentidas em noites despidas
Caminho nas ruas encharcadas sem luar
E no silêncio absoluto só me apetece o teu nome gritar
Gira o mundo na minha cabeça ao contrário
Flui no meu sangue a poesia enclausurada
Sentimentos escondidos que nunca saíram do meu diário
Vivendo em receios da tua amizade um dia perder
Ansiedades de nos meus braços nunca te vir a ter
E eu sigo caminhando
De alma desarmada
Implorando aos deuses que sejas um dia a minha amada
E vou escrevendo o tal poema
Tinta desbotada caída na chuva torrencial
Que não acalma a dor, exalta
Os trilhos do meu dilema
Entre a vírgula e o ponto final
Vou vivendo esta paixão que me sobressalta