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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

Entre a vírgula e o ponto final

21.01.24, MM

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Escrevo-te o poema que te queria declamar 

Palavras sentidas em noites despidas

Caminho nas ruas encharcadas sem luar

E no silêncio absoluto só me apetece o teu nome gritar

 

Gira o mundo na minha cabeça ao contrário

Flui no meu sangue a poesia enclausurada

Sentimentos escondidos que nunca saíram do meu diário

Vivendo em receios da tua amizade um dia perder

Ansiedades de nos meus braços nunca te vir a ter

E eu sigo caminhando

De alma desarmada

Implorando aos deuses que sejas um dia a minha amada

 

E vou escrevendo o tal poema

Tinta desbotada caída na chuva torrencial

Que não acalma a dor, exalta

Os trilhos do meu dilema

Entre a vírgula e o ponto final

Vou vivendo esta paixão que me sobressalta