Noite
Carrego na noite densa as ânsias ancestrais
Murmúrios de uma alma em constante trepidação
Questiono o universo desta minha agitação
Mas sem solução
Viajo nas minhas lembranças imemoriais
Sigo os trilhos dos meus pensamentos
E em segredo vou escutando os meus lamentos
Ecos de um passado que ficou por viver
Densa maresia que ofusca o meu olhar
Serão lágrimas?
Serão gotas do mar?
Serão apenas as estrelas a chorar?
A noite adensa-se na sua longitude
As luzes da cidade perdem a sua inquietude
Ofuscam-se para que a minha alma possa descansar
Mas não sabem das tormentas que habitam em mim
Da tua ausência
Do teu terno sorriso
Da vontade de te beijar
De te abraçar
Mas a noite? Essa sabe...
Deste meu segredo te amar