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Escrevi os nossos nomes na areia
E pedi ao mar para os levar
Até ti, à tua presença
Mas partiste para outro lugar
Onde não te consigo encontrar
E no abafado horizonte, apenas a tua ausência
Que me dilacera o coração
De não te ter, aqui, ao pé de mim
De mãos dadas, a passear por um qualquer jardim
Escrevi os nossos nomes na areia
Na esperança de te ver
Qual deusa, qual ninfa, qual sereia
Quimera perdida na maresia
Esfumaçando dentro do meu ser
De tanto te quer, assim, para mim
Mas és apenas miragem
Silêncio ensurdecedor
Que apenas provoca dor
De tanto te quer, assim, para mim
De mãos dadas, a passear por um qualquer jardim
Ainda te espero em todas as madrugadas
Despertar-te num beijo de noites suadas
Abraçar-te, acarinhar-te, fazer o tempo parar
Provocar-te um sorriso só para te contemplar
O quanto és linda
Sensualidade pura que não finda
Ainda te espero em todas as madrugadas
Brisa do vento no meu corpo sedento
Do teu corpo querer tocar, acariciar
Viajarmos pelo mundo sem sair do lugar
E aí permanecermos, no teu colo, no meu abraço
entrelaçar os dedos, fazer-mos um laço
Corpos fundidos num suave despertar
Ainda te espero em todas as madrugadas
Nas memórias do teu sorriso encantador
Abraçar-te forte, livrar-te da tua dor
Ousarmos viver uma história de amor
De carinho, amizade e paixão
Ainda te espero em todas as madrugadas
Aconchegar-me a ti, ouvir o bater do teu coração
Tento transpor sentimentos para uma folha de papel
Palavras aprisionadas que tento libertar
Mas perco-me nos teus olhos cor-de-mel
Tento pintar a tua imagem numa tela colorida
Traços fluidos que me fazem encantar
Mas perco-me nos teus olhos cor-de-mel
Tento imaginar-te numa praia despida
Carícias de fazer os sentidos despertar
Mas perco-me nos teus olhos cor-de-mel
Tento fazer do teu coração a minha morada
Quem sabe, um dia, seres minha namorada
Mas perco-me nos teus olhos cor-de-mel
Tento resistir ao teu sorriso encantador
Sonho de mulher, perfume de uma flor
Mas perco-me nos teus olhos cor-de-mel
Deleitam-se em mim desejos ardentes
Percorrendo ofegante trilhos carnais
Anseios escritos em estrelas cadentes
Delírios eróticos em encontros casuais
Suaves toques despertando volúpias
Átomos de paixão colidindo com cometas
Explosões orgásmicas e tu já só gemias
Vias lácteas de prazer envoltas em borboletas
Abraça-me, agarra-me, deseja-me
Abraço-te, agarro-te, desejo-te
Pela frente, por trás, tanto faz
Fusão corporal no leito proibido
Mais um toque e desvendo-te o sétimo sentido
Harmonias concentradas no golpe final
Arranha, grita, geme, sente o corpo a contorcer
Estrelas cintilantes a desvanecer
Viagens supersónicas ao centro do prazer
Corpos extasiados, almas suadas
Fica mais um pouco, sente-te acarinhada
Deixa-me desenhar-te no meu mapa astral
Universos paralelos onde tudo pode acontecer
Entrelinhas do teu sorriso que me faz enlouquecer
Deixa-te ficar, quero perder-me no teu olhar
Destinos traçados numa bola de cristal
Risos tontos num encontro casual
Engulo palavras que não te consigo dizer
Sentimentos aprisionados receando te perder
Vagueio no vazio divagando em mensagens ocas
Que até ti faço chegar em palavras loucas
Mas nada faz sentido
E eu aqui, perdido
Insistir, desistir
Continuar, partir
E eu já nem sei o que estou a sentir
Queria estar contigo, agora, neste momento
Deslumbrar-me no teu olhar que me apaixona
Que me aprisiona
Juntos abraçados sentindo a brisa do vento
Corpo quente, desejo eloquente
Carícias perdidas em mil delícias
Do teu rosto acariciar
Da tua alma acarinhar
E se fossemos ver o mar?
Mas não lês os meus pensamentos
E eu perco-me na timidez dos meus tormentos
De tanto te querer dizer
De em ti me perder
Numa noite de luar
Em jogos de sedução
Em momentos de paixão
Eu contigo e tu comigo
Mas sou apenas um simples amigo…