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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

Desde quando

28.07.22, MM

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Desde quando é que tens medo

Desde quando o nosso amor virou segredo

Desde quando perdemos a inocência

E os mais puros sentimentos viraram indecência

 

Desde quando achas que universo nos separou

Se as nossas almas se continuam a amar

Os deuses dizem que a nossa história ainda não acabou

E nas estrelas está escrito que juntos vamos ficar

 

Desde quando deixei de fazer parte dos teus pensamentos

E jogaste as nossas promessas de amor aos sete ventos

Murmurávamos ao tempo que juntos iríamos envelhecer

E confessávamos secretos desejos antes de adormecer

 

Desde quando deixaste de escutar a voz do coração

Desde quando passaste a achar que perdi a noção

Desde quando passaste a ver no nosso amor maldade

Desde quando desapareceste e deixaste-me na saudade

No meu colo

24.07.22, MM

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Senta-te no meu colo e diz que me desejas

Beijo-te o pescoço enquanto latejas

Viaja no meu corpo sei que o almejas

Vendo-te os olhos, não quero me me vejas

 

Imagina, a minha mão na tua “menina”

Dedos atrevidos em movimentos circulares

Universo de sentidos em prazeres lunares

Respiração ofegante, calor sufocante

Roupa perdida, alma despida

Desejo carnal, volúpia magistral

E mais um beijo numa dança sensual

 

Não te quero desse jeito, põe-te assim, de costas para mim!

Quero percorrer as entrelinhas da tua espinha dorsal

Elo após elo até chegar ao final

Fruto proibido mas tão apetecido

Cubos de gelo sob a pele arrepiada

Sons proferidos entrando numa escala musical

Num desejo infernal de te sentir assim, excitada

Mais um pouco de sofreguidão 

Antes de seres penetrada

Na alma, no coração 

Movimentos loucos carregados de paixão 

Vem-te, quero-te sentir molhada, extasiada

Gritos eloquentes carregados de tesão

Levar-te à loucura, sentir-te quase desmaiada

Agora, sim, vamos enlouquecer

Explosões projetadas em loucuras de prazer

 

Senta-te no meu colo e deixa-te ficar

Eu dentro de ti e tu em mim

Apenas para nos contemplar

Parar o tempo, viver o momento

Envolvermos-nos neste terno sentimento

Em em ti

Tu em mim

Assim

Abraçados numa noite de luar

Fluindo numa pauta musical

E no sussurrar na passagem do vento 

Mais um beijo numa dança sensual

Olhos castanhos

16.07.22, MM

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Um dia seremos meros estranhos

Sentados numa paragem de autocarro

Vais ignorar os meus olhos castanhos

Que um dia tanto quiseram-te amar

E que hoje, são apenas memórias de barro

 

Um dia seremos meros estranhos

Passeando numa qualquer avenida

Corpos ignorando antigos desejos

Vivências esquecidas de profundos latejos

Guardados no fundo de uma arca esquecida

 

Um dia seremos meros estranhos 

Vagueando num areal junto ao mar

Corpos desnudados libertando erotismo

Paixão ardente sem qualquer eufemismo 

Na ânsia contida de te tocar

E por fim, nos teus braços me perder

Ir ao fundo de ti e enlouquecer 

Mas seremos meros estranhos

E mais uma vez, sem sensatez

Ignorarás os meus olhos castanhos