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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

E se o amor...

21.02.22, MM

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E se amor fosse como pedacinhos de chocolate

Pedaços finos carregados de essência

Delicadeza estonteante que no coração bate

Singelos prazeres escondidos na eloquência

 

E se o amor fosse como pedacinhos de chocolate

Degustando na doçura o verbo amar

Momentos de prazer partilhados em noites ao luar

Despindo em cada camada segredos por desvendar

Revelando nos lábios o sabor da paixão

Sonhos proibidos divagando na imaginação

De mais um pouco 

Até ficar louco

Em loucuras de prazer, de te ter

Assim, até ao fim

Desejando nunca acabar

Fina delicadeza que no coração bate

E se o amor fosse como pedacinhos de chocolate

Tentei escrever...

14.02.22, MM

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Tentei escrever nas linhas do infinito

Palavras que não vinham no dicionário

E no entanto, no meu imaginário

Fluíam sílabas entrelaçadas em Sânscrito

Mantra, Karma, Reencarnação

Universo, Matéria, Reconciliação

Alma, Corpo, Espírito

Evocação, Elevação

Transe hipnótico em murmúrios de paixão

Corpos desnudados em antros de perdição

Luz própria brilhando na escuridão

 

Tentei escrever no algoritmo temporal

Reescrevendo a história jamais contada

Dos amantes que beberam do Santo Graal

A bebida que aos deuses que estava destinada

Heresia, hipocrisia, errante judia

Condenada da noite para o dia

Por viver um amor apaixonado

Num destino que não estava traçado

 

Tentei escrever certo por linhas tortas

Tranquei as janelas, derrubei as portas

Desafiei no Olimpo os poetas imortais

Declamando sentimentos em todos os murais

Escrita fina delineando prazeres carnais

E no auge do meu ser, tentei escrever

Versos engolidos em orgias faciais

Mas tudo isto, já era demais…

E eu apenas tentei escrever

Segredos que não posso dizer…

Silêncios

03.02.22, MM

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Silêncios

Murmúrios gritantes de uma alma revoltada

Sentimentos perpetuados numa noite de luar

Choros desassossegados pela pessoa amada

Rasgando compulsivamente do dicionário o verbo amar

 

Silêncio!

Que se cale a voz emanada do coração

Sofreguidão, solidão, sempre a mesma ilusão

Acabar o dia numa cama a chorar, desilusão

Porquê?

Diz-me apenas porquê

Silêncios enclausurados numa vida imperfeita

Caminhos descruzados em encruzilhadas perfeitas

Acordar, adormecer, sonambulismos sem sequer viver

E onde para o amor?

E onde está o teu amor?

 

Silêncios 

Que a noite não acalma

A alma

Sorrisos rasgados com brilho no olhar

Segredos que não se podem revelar

Estão guardados numa caixa de pandora

Aguardando pacientemente que chegue a hora

Aquela hora sagrada de gritar o nome da pessoa amada

Como num conto de fadas em teias amarradas

Libertar a dor, viver um grande amor

Ansiando aquele momento com ensejo

Em que os murmúrios serão silenciados com um beijo

Ardente, com desejo

De nos teus braços me envolver

De no silêncio da noite ao teu lado adormecer

Silêncios…