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Fragmentos de Miguel Moreno

recordações, paixões, aventuras de quem já viajou por todo o país... a vida é bela

Inesquecível

27.12.20, MM

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Queria perder-me 

Nos braços de quem me ama

Beijar a tua boca

Sentir-te na minha cama

 

Queria sentir o amor

Paixão de fogo ardente

Enrolados no cobertor 

Até o corpo ficar dormente

 

Mas tu não entendeste

Partiste e rapidamente esqueceste

Hoje sou uma memória

Perdida na minha própria história

Sou fogo afogado na paixão

Mar revolto feito de ilusão

Só me resta dar a mão à palmatória

Ilusória,  perentória 

Nunca foste minha

Nunca podias ser

Forço o tempo tentando te esquecer

Olhares que se entranharam

Almas que se tocaram

De um amor impossível

De um amor inesquecível

 

Poesia XIV - Musa de Inspiração

 

Queria...

19.12.20, MM

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Queria viajar

Para longe do meu destino

E nas promessas quebradas

Fazer um novo caminho

Porque nada é tão certo

Como a incerteza desta vida, perdida

Mais uma lágrima que cai, sentida

Mas a vida é mesmo assim

Um dia maresia outro cheiro a jasmim

 

Quero-te aqui

Agora neste momento

Nas asas da liberdade

Prender-te neste sentimento

Amor puro, de verdade

Que quando vai embora

Fica na saudade

Mas que sorri, não chora

Segredos bem guardados

Numa caixa de pandora

 

Poesia XIII - Musa de Inspiração

No teu abraço

13.12.20, MM

 

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Queria viver dentro do teu abraço

E lá construir uma casa para morar

Não precisava de ter muito espaço

Nem nada que desse muito cansaço

Apenas o suficiente para lá dormitar

 

Queria nos teus braços poder viajar

Por lugar mágicos que nos fazem encantar

Campos floridos com vista para o mar

Estrelas cintilantes cúmplices do luar

Tentando rivalizar com o teu terno olhar

 

Ai se eu pudesse morar no teu abraço

Estar bem juntinho ao teu coração

Convidava-te para lá jantar

Velas acesas, incenso a queimar

Sentir que o amor está no ar

Cumplicidade, sensualidade, 

Olhares que se atraem, que não traem

Lábios que se querem beijar

Corpos que se desejam tocar...

Ai se eu pudesse no teu abraço morar...

 

Poesia XII - Musa de Inspiração

Se alguém perguntar por mim

08.12.20, MM

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Se alguém perguntar por mim

Diz apenas que talvez ande por aí

Feito folha caída outonal 

Esvoaçando livremente no temporal

Talvez até possa andar molhado

Talvez digam que fui contrariado

Entre ventos rasgados ou perdido na lamaçal

Mas não sei se estarei assim tão mal

 

Pouso em sorrisos ardentes

Escondendo almas dormentes

Corpos que se beijam 

Em corações ausentes

Olhos que brilham em pensamentos distantes

Daqueles que desejavam ser amantes

 

Se perguntarem por mim

Talvez não volte mais

Talvez seja apenas uma simples gotinha 

Que no oceano não é nada demais

Mas talvez possa a sede matar

Ou fazer algo transbordar

Talvez não seja ninguém

Ou talvez seja alguém

Que ousou viver em liberdade

A liberdade de amar

Mesmo que o preço a pagar

Seja andar por aí

Vagueando entre a esperança e a saudade

E talvez um dia perguntem por mim...

 

Poesia solta II

Paixão devassa

02.12.20, MM

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Acordo sobressaltado. Sempre o mesmo sonho recorrente que me deixa com a respiração ofegante,  extasiante. Fico desperto pensando em ti, a sentir aquele fulminante arrepio que me invade a derme, a epiderme, as entranhas, a alma.

Fecho os olhos e deixo a respiração serenar, permitindo ao coração acalmar por breves instantes . Tenho a pele dos lábios seca, desidratada, quase dormente. Arrisco o suave passar língua muito ligeiramente tentando não despertar os mais ávidos  desejos, mas o pensamento trai-me e com ele  de novo a inquietude cheio de desejos carnais. Já não é a minha língua que sinto, é a tua,  que cruelmente arrebata-me todos os fôlegos, que me deixa impotente, transportando-me em viagens alucinantes pelos meandros do prazer que me fazem estremecer, vagueando entre suores febris e a hipotermia.   

Perco novamente o controlo desta paixão devassa que me trespassa a alma, que desfragmenta todo o meu ser. Paixão vivida entre o céu e o inferno, entre o querer e o não querer.

O dia já despertou… os meus demónios já desapareceram. Mas este desejo? não… este desejo não desapareceu… este desejo de um simples beijo teu… de encostar os teus lábios nos meus...

 

Fantasias eróticas

Tic tac tic tac

01.12.20, MM

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Tic tac tic tac

Som estridente marcando o compasso

Relógio antigo numa casa assombrada

Ecos repetidos propagados pelo espaço 

Vibrações amedrontadas no embaraço

Visões de uma alma enfeitiçada

 

Tic tac tic tac

Passadas largas dos cavalos alados

Que na noite escura iluminam o sombreado

Turbulências em aliterações desnorteados

Gritando sonidos pelos receios provocados

 

Tic tac tic tac

Ressoar audível do bater do coração

Vivaz, audaz, perspicaz, sagaz

Repleto de emoção, devasso em paixão

E no time-lapse deste imenso universo

Toda a matéria refletida em milésimos de segundo

Brota algo maravilhoso neste mundo

A que damos o nome de vida

Vivida entre um tic e um tac

Tic tac tic tac

 

Poesia solta

Mundo imagiário Peter Pan

01.12.20, MM

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No meu coração habitam seres extraordinários

Personagens míticas oriundas de mundos imaginários

Tem duendes, fadas madrinhas e bruxinhas

Príncipes, princesas em histórias de encantar

Gárgulas, dráculas, lobisomens em histórias de arrepiar

Tu és a Bela e eu o monstro, que faço? Que desgosto!

Talvez sejas a Cinderela! Mas não fui eu quem encontrou o teu sapato… 

Ariel, Bela adormecida ou outra parecida

Pocahontas, Jasmine e outras que tais

De imaginários transcendentais

De belezas inigualáveis...

Mas só consigo reparar nela!

Assim, cândida e bela

Sorriso tímido, olhar penetrante

Mulher real que torna o meu mundo interessante

Mas neste nosso mundo imaginário 

Onde a realidade é vivida ao contrário 

Tu és a minha Sininho e eu o teu Peter Pan

Dorme bem! Até amanhã!

 

Poesia XI - Musa de Inspiração