Palavras presas
Invoco palavras há muito sepultadas
Que nos confins dos tempos ficaram cravadas
Encerradas por causarem tanto sofrimento
Enclausuradas para não causarem arrependimento
Percorro o universo de alma vazia
Mergulho no oceano triste e profundo
Tudo porque um dia ousaste dizer
Que o nosso amor não podia ser deste mundo
Desliza para mim meu amor, vem voar nas asas da felicidade
Romper as amarras da castidade
Contemplar nossas almas embebidas em corpos arrepiados
Não de frio, não de calor, apenas por puro prazer
Lábios que se querem beijar, abençoados pelas estrelas e pelo mar
Mãos que se entrelaçam, que se abraçam
Que te amam desse teu jeito de ser
Que te querem junto ao meu peito sentindo-te adormecer
Sou eu… sou eu…
Que invoco de novo o verbo amar!
Poesia VI - Musa de Inspiração